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Situado no nordeste da África, o Egito possui uma cultura única e fabulosa. Para os interessados em visitar essa nação milenar, a boa notícia é que o destino está com um excelente custo-benefício. Isso porque a volta da estabilidade política por lá ainda não é suficiente para lotar as atrações, o que consequentemente faz com que os preços fiquem mais baixos. Além de ser barato, listamos outros motivos pelos quais vale muito a pena conhecer o berço da civilização moderna.
1. Pirâmides do Egito
Quem nunca sonhou em ver de perto as pirâmides do Egito? Afinal, a pirâmide Quéops é a única das sete maravilhas antigas que resiste ao tempo! Cercadas de mistérios, despertam interesse de historiadores, arqueólogos e estudiosos de civilizações antigas. Como resistiram a tantos séculos? Que segredos guardavam dentro delas? Qual função religiosa exerciam na sociedade? Os monumentos eram construídos com intuito de abrigar os corpos dos Faraós, ou seja, nada mais eram do que luxuosas Tumbas!
Sua arquitetura desperta muitas teorias nos curiosos devido à tecnologia necessária para realizar tamanho feito, pois exigira conhecimentos avançados de matemática e muitas pedras, além de inúmeros trabalhadores braçais, é claro. Estima-se que 30 mil egípcios trabalharam durante 20 anos. Sobre isso, Antonio Brancaglion Jr., egiptólogo do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma: “Esses trabalhadores eram trocados a cada três meses. A maioria trabalhava no corte e transporte dos blocos”.
As Pirâmides do Egito ficam localizadas na Necrópole de Gizé, próximo a cidade do Cairo e, dependendo do hotel onde você se hospedar, poderá ter uma bela visão desta incrível maravilha. A construção delas datam de 2550 a.C. e ainda que sejam mais de uma centena, três possuem maior destaque: Quéops, Quéfren e Miquerinos. As laterais das três maiores Pirâmides de Gizé apontam para os pontos cardeais com a diferença de exato 1 grau… muitos cálculos e uma excelente precisão para a época, não acha?
Além das pirâmides, outro monumento colossal que pode ser visto nos arredores da necrópole é a Esfinge de Gizé. Essa gigante escultura foi construída com a cabeça do Faraó Quéfren com turbante real, corpo de um leão e está voltada para o sentido do sol nascente. Com o tempo, a areia do deserto cobriu o corpo da Esfinge. Entre os anos de 1925 e 1936, uma grande operação removeu toda a areia que cobria a base do monumento, ação que não se repetiu mais.
Foram descobertas duas entradas na Esfinge (dizem que dentro do corpo, sendo uma no quadril e outra entre as patas dianteiras e traseiras), mas que, para sua preservação foram fechadas. Eram passagens subterrâneas que não tinham saídas e estavam vazias, motivo pelo qual foram seladas para preservar a estrutura. Pesquisas feitas com radar atestam que existem túneis dentro da esfinge, mas que nunca puderam ser estudados. Quanto mistério e curiosidade, hein?
2. Cruzeiro pelo Nilo
Ir para o Egito e não conhecer o Rio Nilo é como não ir ao Egito. E para conhecer, de fato, um rio da magnitude do Nilo, nada melhor do que fazendo um cruzeiro. Com quase 7 mil km de extensão, o Nilo é o maior rio do mundo, passando não só pelo Egito, como por mais 7 países africanos, como Ruanda, Tanzânia, Uganda, Congo, Quênia, Etiópia e Sudão. Conhecê-lo num cruzeiro é uma experiência que não deixa dúvidas quanto à sua grandiosidade, pois possui extrema importância para as populações africanas, já que garante a sobrevivência de parte do continente, sendo essencial para o desenvolvimento social e econômico de diversos territórios africanos.
Os navios são grandes e bem equipados, contendo toda uma infraestrutura para atender as necessidades dos viajantes. Como um bom cruzeiro fluvial, você não terá dias inteiros de navegação e estará sempre próximo aos povoados e a história do local. Neste tour de cruzeiro, não há espaço para a monotonia. Lá, você terá a oportunidade de conhecer outros lugares do Egito e acumular em cada parada uma quantidade enorme de bagagem histórica e cultural. Já no ponto de partida você conhecerá a cidade de Luxor, onde se encontram o Templo de Karnak, o principal templo destinado a Amon-Rá. Durante o cruzeiro você verá o Vale dos Reis e Rainhas, necrópole onde foram sepultados rainhas, príncipes e princesas do Império Novo; o Museu da Mumificação e Deir el-Medina; o Templo de Edfu, dedicado ao deus Hórus, e também uma visita a uma aldeia Nubia, onde você descobrirá como vivem as famílias através de uma simpática visita a sua casa.
3. Mergulhar no Mar Vermelho e Conhecer Suas Praias Paradisíacas
Um mergulho na história: assim pode ser definida a experiência de adentrar as águas do ponto de encontro entre o deserto e o mar. É reconhecido por sua biodiversidade marinha e pela excepcional qualidade de suas águas, que no verão variam de 28 a 31 graus, e no inverno giram em torno de 24 graus, em média. O Mar vermelho é um golfo do Oceano Índico entre a África e a Ásia, onde facilmente é possível se deparar com centenas de corais, assim como tubarões, arraias manta, tartarugas e moreias. O sonho de qualquer mergulhador seria desbravar essas águas de tantos mistérios e tesouros perdidos!
Muita gente não sabe, mas o Egito tem praias belíssimas! Inclusive, a cidade de Sharm el-Sheikh, situada na ponta sul da Península do Sinai, na subdivisão do Sinai do Sul, sobre a faixa costeira ao longo do Mar Vermelho, foi eleita pela CNN como detentora das melhores e mais incríveis praias de todo o continente africano. As águas cristalinas de Dahab, por exemplo, contrastam com as montanhas que as cercam, criando uma paisagem ímpar. Dahab, Sharm el-Sheikh e Hurghada são ótimos plugares para se mergulhar, para snorkeling, para nadar, andar de bicicleta ou apenas para sentar-se na beira do mar para beber e comer alguma coisa, apreciando a natureza.
4. A Receptividade do Povo Egípcio
Assim como nós, brasileiros, o povo egípcio costuma tratar muito bem os turistas. Apesar de parecerem bastante curiosos e observarem os viajantes com toda a atenção, são bem receptivos e curtem uma boa conversa. A única coisa a se prestar atenção é com as roupas, pois lá as mulheres se vestem muito discretamente, caso contrário, os olhares serão de reprovação e desconforto. Isso devido aos nossos costumes e cultura serem tão diferentes e conflitantes. Caso você veja oferecerem camelos em troca de esposa, não se assuste. Apesar de violar os direitos humanos e envolver algumas questões sociais e morais, lá é culturalmente muito comum esse tipo de oferta. E então, quantos camelos acha que está valendo? Brincadeiras à parte, no Egito, você se sentirá realmente querido.
5. No Egito Tudo Tem Um Porquê
Não é à toa que o Egito é considerado o berço da civilização, tudo veio de lá… são muitas as explicações que você recebe quando faz um tour guiado ou quando se aprofunda na história. Cada detalhe possui todo um significado. Os perfumes, por exemplo, eram criados especialmente para cada Faraó, conforme suas peculiaridades. Eram registrados nas tumbas e, posteriormente, Napoleão se apropriou dessas fórmulas, fazendo a França ser conhecida mundialmente por seus perfumes.
Já a medicina tinha a missão de reter todos os seres malignos e proteger as pessoas. Acreditava-se que as doenças da sociedade egípcia eram manifestações de raiva dos deuses. Por isso, o trabalho do médico era pacificar o deus e afastar o demônio presente no corpo da pessoa com doença. A cruz ansata, ou a chave egípcia chamada de Ankh, (pronuncia-se “anrr”) presente nas estátuas de deuses e faraós significa vida. Os egípcios usavam-na para indicar a vida após a morte, já que simboliza também a vida eterna.
Até as margens do Nilo funcionavam de maneira simbológica: a margem onde o sol nascia contemplava toda a vida, ou seja, onde houvesse luz primeiro era onde os Faraós construiriam seus palácios. Por sua vez, na margem onde o pôr do sol fosse contemplado, eram construídos os túmulos, vale de reis e rainhas.
Mesmo tendo sido saqueado em diversas guerras, o Egito ainda guarda patrimônios extraordinários. Aos visitantes, recomendamos fortemente a contratação de um guia turístico, pois, do contrário, a chance de se perder com tanto detalhe e informação para explorar sozinho, é grande. Contudo, a sensação de quando adentramos os templos é indescritível. Nos sentimos pequenos diante de tanta história e de cada detalhe perfeitamente explicado pelos guias. Cada coluna, cada sala ou a posição de cada estátua, tudo tem uma explicação, e ela vai te impressionar!
