5 coisas que você precisa fazer em sua primeira visita à Mendoza

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É Bem difícil eleger 5 coisas para conhecer ou fazer em Mendoza, pois existem muitas opções e cada um tem seus gostos e preferências, mas o principal motivo dos viajantes irem para Mendoza é o enoturismo! Não é pra menos, afinal, o vinho é considerado um dos prazeres mais antigos da humanidade, precedendo até mesmo a arte da escrita.

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A localização da cidade, aos pés da Cordilheira dos Andes, traz uma combinação perfeita de terreno, condições climáticas e água para irrigação, característica chamada pelos franceses de “terroir”

Terroir é uma palavra francesa, sem tradução em nenhum outro idioma. Significa a relação mais íntima entre o solo e o micro-clima particular, que concebe o nascimento de um tipo de uva, que expressa livremente sua qualidade, tipicidade e identidade em um grande vinho, sem que ninguém consiga explicar o porquê.” Guia Larousse

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Hoje, Mendoza conta com mais de 1.200 vinícolas ou bodegas, como falam os argentinos. Há opções para todos os gostos e com preços variados, desde as caseiras e pequenas até as maiores e industriais, tornando-se assim a capital do vinho da América do Sul. Mendoza é responsável por quase 80% da produção de vinho da Argentina.
Cada vinícola tem uma história especial e vinhos com características diferentes, feitos de diversas maneiras. Vamos enumerar as degustações imperdíveis. Venha conosco nesta viagem pelo mundo do vinho!

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1. Onde tudo começou: Vinícola Catena Zapata (Luján de Cujo)

Nicolas Catena Zapata, chamado do “pai” do Malbec, é considerado o pioneiro do cultivo em grandes altitudes e foi o primeiro, em 1994, a plantar um vinhedo malbec, a 5.000 pés acima do nível do mar, na região de Mendoza. Sua família também é creditada com vinhos de classe mundial e dando status aos vinhos da Argentina. Luján de Cuyo foi a primeira área a instituir a DOC (Denominação de Origem Controlada) para o Malbec, em 1993. Isso causou uma considerável e contínua melhora na qualidade e na quantidade dos vinhos, o que gerou o reconhecimento internacional da região.

Por esse pioneirismo, é uma das vinícolas mais procuradas. A bodega foi construída em formato de pirâmide maia com a paisagem impressionante dos vinhedos e da Cordilheira. O estilo arquitetônico (com construção inspirada no Templo de Tikal, da Guatemala) imprime grandiosidade a esse templo do vinho.

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Uma vinícola reverenciada pelos experts do vinho, líder inquestionável de qualidade e extremamente premiada, não pode faltar na sua lista!

2. Para comer rezando: Visita e almoço na Vinícola El Enemigo (Maipú)

O Vale do Maipú, tem como uma de suas características um solo que permite que as videiras tenham raízes bem profundas, melhorando sua força e sua saúde. Nessa região também há uma forte produção de azeites, com grandes plantações de Oliveiras.

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A Bodega El Enemigo é cercada por variedades de vinhedos e oliveiras e é também a casa do vinicultor Alejandro Vigil. A vinícola é literalmente na casa do Alejandro, um lugar pequeno e bem informal. A visita à bodega é rápida e termina em escadas com lindos mosaicos de azulejos que levam diretamente ao paraíso, aqui representado pelo restaurante e a gastronomia “dos Deuses” servida pelo chef Santiago Maestro. O almoço é composto por um menu com 3 passos: escolhe-se uma entrada (entre 4 opções), o prato principal (6 opções) e a sobremesa (4 opções), harmonizado com vinhos Gran Enemigo.

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O projeto El Enemigo (Bodega Aleanna), começou em 2008 em parceria com a filha mais nova de Nicolas Catena, a historiadora Adrianna Catena. Atualmente, El Enemigo produz 100 mil garrafas, sendo que o Cabernet Franc representa 70% da produção. Bonnarda e Chardonnay são outros destaques da El Enemigo. Nota mil, digno de aplausos, encanta e apaixona a todos. Esta visita deve estar no topo da sua lista!

3. Visita e degustação sensorial na Vinícola Pulenta Estate

A vinícola Pulenta Estate agrada por sua arquitetura minimalista, com vinhos muito bem elaborados, cujas vendas superam a produção a cada ano. Uma das características marcantes da Pulenta Estate é a conciliação da tradição familiar de muitos anos com o que existe de mais atual em termos de tecnologia na produção de vinhos. A preocupação está na busca pela qualidade de cada rótulo, e não na quantidade de garrafas produzidas, o que é atestado pelos prêmios concedidos à alguns de seus melhores vinhos.

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Quem está à frente da Pulenta Estate são os irmãos Eduardo e Hugo, apaixonados por tecnologia e máquinas velozes – a dupla também representa a Porsche na Argentina -, eles seguem a tradição da família na produção de grandes vinhos. Logo ao chegar na propriedade, nos deparamos com as primeiras vinhas contrastando com os picos nevados da cordilheira dos Andes ao fundo. A visita começa no vinhedo e acaba na sala de degustação sensorial, onde somos convidados de olhos fechados a descobrir as principais notas de cada rótulo dos vinhos Gran Pulenta.

4. As mais belas paisagens na visita à Vinícola Salentein (Vale do Uco)

Valle de Uco, localizado aos pés da Cordilheira dos Andes, é famoso por seus vinhedos de grande altitude (ultrapassando 1.210 metros acima do nível do mar) e clima frio. A região mais distante da cidade de Mendoza, está a cerca de uma hora e meia de carro para o sul.

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A vinícola Salentein foi a primeira a investir em plantações de uva na região. Hoje, produzem 5 milhões de litros de vinho por ano e 50% da produção é exportada. O solo é bastante pedregoso, o que dá características diferentes ao vinho, se comparado aos produzidos nos outros locais.20

Além dos vinhos, destaque para a união de arquitetura e arte projetada no local. Todos os ambientes e fachadas surpreendem pela estética, além das exposições de arte instaladas na vinícola. O local em que os barris são armazenados está projetado de maneira circular, como um anfiteatro e no centro há uma rosa dos ventos, apontando para os pontos cardeais.

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Os vinhos da Salentein provêm de três “fincas” (fazendas): El Portillo, La Pampa e San Pablo, situadas em altitudes e com solos e orientações diferentes. Eles tem se mostrado dos mais confiáveis da Argentina no conceito de “vinhos reserva”.

5. Curtir a alta gastronomia de Mendoza

Sempre me perguntam onde se hospedar em Mendoza. No centro da cidade ou nas charmosas bodegas. Se esta é sua primeira visita, o centro é a melhor opção, pois além de poder se locomover mais facilmente para todos os vales, você poderá curtir as excelentes opções gastronômicas que a cidade oferece.

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O centro de Mendoza é bem organizado, tem ruas com muitos bares e restaurantes, você poderá ir a pé até a Avenida Aristides Villanueva e poderá tomar mais um vinho… sem se preocupar em dirigir.

Cultura milenar do vinho aos pés da Cordilheira dos Andes

As vinícolas, em sua maioria, estão em prédios modernos e com uma excelente estrutura para receber os turistas. Normalmente, são construções imponentes e bem diferentes, por exemplo, das que conhecemos na Borgonha, na França, onde os vinhos são produzidos em pequenas casinhas. Os vinhedos também são grandes e podem ser vistos por onde se circula, seja nas autoestradas ou nas ruelas de terra batida.

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